3 razões pelas quais você não deve esperar para se preparar para o CDP 2023
Você conseguiu. Você acabou de enviar sua resposta ao CDP e está aliviado (e possivelmente brindando) para comemorar o final da temporada de relatórios do CDP de 2022. Pode parecer um ótimo momento para se descontrair e dizer adeus ao CDP até o ano que vem, mas existem diversos motivos importantes para aproveitar o que você construiu para se preparar com sucesso para o ciclo de relatórios de 2023.
Enquanto você toma um momento para aproveitar a conquista da conclusão da última resposta ao CDP, considere estes três motivos principais pelos quais você não deve guardar o CDP na gaveta até o início do próximo ano.
1. O CDP é retrospectivo
O ciclo de relatórios de 2023 considerará apenas as atividades e o progresso que ocorreram entre o dia 1º de janeiro e o dia 31 de dezembro de 2022. Isso significa que você tem apenas 5 meses para dar início a mudanças reais que possam ser relatadas em sua resposta ao CDP de 2023. Com muitas empresas saindo de um período de reporte rigoroso, focadas em obter respostas e organizando dados do ano anterior, é importante seguir avançando em seus esforços se deseja melhorar sua pontuação para o próximo ano.
Considere o seguinte: se você quer ser capaz de afirmar que está fazendo algo novo na resposta CDP do ano que vem, como, por exemplo, analisando riscos climáticos alinhados ao TCFD ou definindo uma nova meta de redução de emissões, agora é a hora de ativar esses projetos, se você ainda não o fez. Quando a temporada 2023 do CDP estiver de volta no radar, especialmente depois que sua pontuação de 2022 for divulgada, será tarde demais para iniciar ações que resultarão em uma melhoria de pontuação no próximo ano.
Ao agir agora para aprimorar seus programas de sustentabilidade, você pode preparar sua empresa para o sucesso e demonstrar um progresso significativo entre suas respostas de 2022 e 2023. Isso mostrará aos investidores, ONGs e outras partes interessadas que você está comprometido não apenas com a transparência por meio de relatórios, mas também com ações climáticas impactantes por meio de seus esforços crescentes.
Além disso, à medida que sua empresa se torna mais madura em sua estratégia climática, o progresso em relação às metas e impacto nas métricas exigirá mais tempo e esforço. Após suas primeiras respostas bem-sucedidas ao CDP, você provavelmente já terá explorado muitas das oportunidades mais simples e precisará enfrentar metas e desafios de longo prazo mais robustos, que invariavelmente levam mais tempo para representar um progresso tangível.
2. Engajamento interno leva tempo
Especialmente para empresas com menos experiência nos relatórios do CDP, tempo extra deve ser considerado em seus cronogramas para socializar e criar adesão e para colocar todos os stakeholders internos na mesma página. À medida que se constrói uma prática em relatórios, há muito trabalho a ser feito para alinhar as decisões sobre a cultura de relatórios da sua empresa. Como muitas coisas, há mais de uma maneira de “reportar corretamente ao CDP”. Cabe a você, sua liderança e quaisquer consultores externos envolvidos decidir qual o melhor método que corresponde aos seus objetivos de negócio e o nível de maturidade da empresa.
Esta dica também se aplica a empresas mais experientes em relatórios do CDP. À medida que suas metas e estratégias de relatórios se tornam mais sofisticadas e ambiciosas, mais stakeholders internos terão de ser envolvidos como parte do processo. Inicialmente, é possível que reportar ao CDP comece e termine no nível de gerência em energia e sustentabilidade. Entretanto, conforme o avanço, provavelmente será necessário envolver pessoas do jurídico, comunicações e até mesmo o C-level. É importante deixar todos a vontade com a estratégia desde o início, considerando tempo suficiente para a revisão da resposta final e a integração de qualquer parecer antes do prazo de entrega.
Independentemente do nível de experiência com os relatórios do CDP, manter-se continuamente conectado com as partes interessadas internos ao longo do ano para coletar estudos de caso, depoimentos e exemplos será compensador. Ter um repositório de estudos de caso para explorar durante a temporada de relatórios de 2023 não apenas economizará tempo e reduzirá o estresse, mas também resultará em uma resposta mais robusta e uma chance maior de melhorar a pontuação de sua organização. Sejam casos sobre projetos de redução de emissões concluídos, registros de reuniões do conselho nas quais se discutiram os riscos climáticos, exemplos de medidas tomadas para atingir metas de energia renovável ou qualquer outra fonte de informação, documentar esses casos enquanto ainda são recentes será uma ajuda valiosa para o ano que vem.
Você tem um banco de dados compartilhado onde sua equipe pode guardar bons exemplos à medida que eles ocorrem? Um ponto de checagem recorrente para manter o engajamento frequente de quem está gerando estudos de caso? Caso contrário, considere estabelecer um processo agora para evitar que você e sua equipe sejam atropelados pelos prazos de 2023.
3. Apressar dados é uma receita para o desgaste
Organizar seus dados para o CDP com antecedência ao período de preparação do reporte resultará em um processo mais tranquilo. Elaborar um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), avaliar quais categorias de dados serão mais materiais, identificar e envolver os donos dos dados sobre o que você precisará e medir suas emissões são apenas alguns dos exemplos de iniciativas que podem ser tomadas previamente à temporada do CDP, tornando o processo de reporte externo muito mais simples.
Evite o desgaste extra de pedir dados para diferentes pares enquanto estiver tentando formalizar sua resposta. Se você ainda estiver trabalhando com planilhas, considere adotar um sistema digital e centralizado, que o ajudará a analisar e reportar em 2023. Ao fazer isso agora, você será capaz de se familiarizar e ativar o sistema antes do período crítico. Tais esforços trarão benefícios além da pontuação do CDP. Dados compartilhados, visíveis e validados são a base de um programa de sustentabilidade bem-sucedido. Colocar seus dados em ordem o ajudará durante a temporada de reporte ao CDP, mas também beneficiará seus esforços de sustentabilidade em geral, facilitando o acesso a métricas e insights a todos em sua organização que poderão tirar proveito deles.
Comece cedo para obter o melhor benefício da sua resposta ao CDP
Atualmente, em um momento de crescente atenção ao desempenho ambiental das empresas, reportar ao CDP é um exercício estratégico, e não apenas uma tarefa a mais a ser cumprida. Com o endurecimento de regulamentações para relatórios corporativos de ESG ao redor do mundo, incluindo a regra proposta pela SEC nos EUA, uma prática sólida de reporte ao CDP irá preparar seu negócio para divulgações cada vez mais críticas.
Para obter o melhor benefício da sua próxima temporada de relatórios, comece a pensar agora nos processos e nos avanços que você pode implementar antes do final deste ano. Sempre há espaço para melhorar sua pontuação, mas se você esperar até que os resultados de 2022 sejam lançados, já será tarde demais para fazer algo a respeito. Em nossas práticas de consultoria na Schneider Electric, aconselhamos nossos clientes CDP a se envolverem com os dados do CDP com antecedência e com frequência para alcançar os melhores resultados. E com o CDP preparando grandes mudanças em seus questionários para os próximos anos, é mais importante que nunca manter o controle dos dados, a aproximação com os stakeholders e a sintonia com as últimas tendências em sustentabilidade corporativa.
Fique ligado para mais dicas valiosas para aprimorar sua próxima resposta ao CDP, incluindo uma revisão das mudanças que acontecerão na temporada de relatórios de 2023. Agende hoje mesmo uma consulta com um de nossos especialistas para preparar sua empresa para um processo recompensador de reporte ao CDP de 2023.