5 oportunidades para liderar em ações climáticas
Em um relatório especial lançado no início de outubro de 2018, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou o que provavelmente será uma de suas conclusões mais assustadoras e transformadoras: o aumento de 1,5°C da temperatura global será mais grave e está mais próximo do que se pensava antes (será já em 2030). Os dias em que o objetivo de 2°C do Acordo de Paris era suficiente já passaram. A ação é necessária agora e o IPCC recomenda que seja realizada em apenas 10 anos para que as piores consequências sejam evitadas.
O que pode acontecer em 10 anos? É tempo suficiente para pagar 1/3 de uma hipoteca. Os alunos que hoje estão no ensino médio provavelmente já terão terminado a faculdade e estarão entrando no mercado de trabalho.
Em outras palavras: não está muito longe. Graças a diversos defensores do clima em empresas, governos, think tanks e comunidades em todo o mundo, temos uma boa base de ferramentas e soluções para enfrentar essa situação.
No relatório do IPCC tem uma luz no fim do túnel para os profissionais de sustentabilidade que têm lutado para incluir as mudanças climáticas nas conversas estratégicas: os impactos “incertos, improváveis e distantes” das mudanças climáticas tornaram-se mais reais, mais tangíveis e mais próximos do presente. Além disso, organizações - que vão desde a BlackRock até o fundo de pensões da Noruega - cada vez mais veem a gestão de riscos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), da qual a mitigação das mudanças climáticas faz parte, como evidência de uma empresa forte.
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Para ser líder em ação climática e ter um bom desempenho perante os acionistas e investidores, as empresas têm algumas chaves importantes a virar:
- Estabelecer uma meta com base científica ou de neutralidade de carbono - Alinhe as metas corporativas de redução de energia e emissões à trajetória de 1,5°C identificada pelo relatório do IPCC. A Iniciativa Science-Based Targets (SBT na sigla em inglês para Metas com Base Científica) incentiva as empresas a definir metas com base em seus próprios níveis de ambição. Por que não alinhar com o novo relatório?
- Avalie os riscos climáticos - Haverá riscos para as empresas associados à transição para a economia e a política de baixo carbono, além do aumento da gravidade dos riscos físicos pelas mudanças climáticas (por exemplo, aumento do nível do mar, desastres naturais etc.). Conforme as empresas, nações e comunidades respondem às mudanças climáticas, haverá mais pressão para adotar tecnologias de baixo carbono, fornecer produtos e serviços mais verdes e reduzir as emissões. Trabalhe com as equipes internas de gerenciamento de risco e consultores de sustentabilidade para entender melhor onde estão os riscos nos diferentes horizontes de tempo.
- Avalie a resiliência climática da sua empresa - Como as mudanças climáticas impactam a estratégia de negócios? Será necessário desenvolver novos mercados ou produtos? As cadeias de suprimentos são resilientes às mudanças econômicas e climáticas? Todas são perguntas cruciais para ajudar a avaliar a resiliência de uma empresa em um planeta 1,5°C mais quente. Conhecido como análise de cenário, esse exercício de teste dos limites do negócio ajuda a elaborar um plano estratégico mais ágil e resiliente ao clima. Fique atento para um próximo post da Schneider Electric sobre este assunto.
- Procure oportunidades de tecnologia limpa - Eólica, solar, biocombustíveis, armazenamento em bateria e outras tecnologias: todas promovem uma proposta única de valor e estruturas de financiamento inovadoras que permitem abastecimento das empresas com energia limpa. Confira os posts recentes sobre energia renovável acabando com mitos e como ela ajuda as empresas a cumprir as metas de sustentabilidade ambiental. E lembre-se da eficiência energética!
- Engaje a cadeia de fornecedores - Para muitas empresas, a maior parte de suas emissões são oriundas de atividades indiretas na cadeia de fornecedores. As empresas devem trabalhar com suas cadeias de suprimentos rumo à descarbonização incentivando a adoção de SBT, a introdução de tecnologias piloto de baixo carbono e fornecendo informações sobre seu contingenciamento para o clima.
A necessidade de ação urgente exige das empresas uma nova abordagem em relação à liderança climática. Comece com primeiro passo em nosso e-book: Garantindo o sucesso com metas baseadas na ciência (SBT)
Contribuição de Nathan Shuler, Arquiteto de Soluções, Serviços de Sustentabilidade